quarta-feira, 24 de março de 2010

continuação depoimentos Abrale

Na chegada, fui recebido pelo meu pai e fui levado para sua casa para repousar um pouco, enquanto minha mãe e minha tia foram para a casa do Tio Antonio e da Tia Antonieta. Almocei e fui ao hospital conhecer a minha médica, a dra. Katiana. Sem fantasias, ela nos atendeu com um ríspido oi, mandou o pedido de internação e mandou que fosse feita uma biópsia do ilíaco. Logicamente, eu, aos prantos no colo da minha tia Lu, comecei a me acalmar. Finalmente, após alguns minutos, fomos para o quarto, onde fui instruído sobre o básico e necessário da minha doença (LMA M3) e sobre a única coisa que interessava: tinha cura.

Catéter
No meu “quarto”, entrou uma enfermeira simpática, a Arlete, que logo colocou um cateter de Gelco e me ministrou um remédio em forma de amendoim, o Atra. E foi assim que começou. Depois, fiz a biópsia. E o tempo ia passando. As pessoas vinham me visitar, me dar força.

Fazia exames de sangue periodicamente e ia passear. Foi um mês que passou rapidamente e logo tive que ir a uma consulta com o meu médico mais simpático, um amor de pessoa, o dr. Ricardo Pasquini. E nesta consulta, ele foi um doce. Vocês precisam ver a simpatia, humildade e humanidade de tal ser. Sem rodeios, foi decidido que eu começaria a quimio no dia 18.


Infecção
E com a queda das células, foi-se o meu cabelo também e eu peguei uma infecção, uma das graves, um tal de Acinecto bacter balmae. Fiquei quatro dias de cama, sem comer nada e com uma dor terrível. Após toda essa confusão de infecção, meus médicos insistiram para que eu colocasse outro catéter, sendo que aquele tinha sido retirado para a redução de foco de infecção. Eu iria colocar um tal de Quinton (acho que é assim que se escreve), que serviria posteriormente para a coleta de células-tronco. Fui para o famoso CC e desta vez foi muito mais legal, pois conheci meu anestesista preferido para sempre, o dr. Alencar. Ficamos um tempão conversando, muito gente fina ele, que me ajudou a afastar o estresse.

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