quarta-feira, 24 de março de 2010

Depoimentos Abrale

Picelli Cordeiro

Quero compartilhar com vocês um momento tão importante da minha vida que drasticamente mudou, me mudou e mudou a todos.

Minha vida estava um pouco desestruturada, estresse passageiro, coisa de adolescente histérico. Básico. Sei lá, estava um pouco com frescurite, como diz a minha tia Lucyelena. No dia 18 de junho de 2003, fui muito feliz ao dentista, fazer uma limpeza no meu aparelho. Fiz uma bela de limpeza e sangrei um “pouquinho”.

Neste pouquinho, eu fui para casa. Não parava de sangrar, normal, como dizia meu dentista André, que alias é um profissional excelente, que me prestou seus serviços com muita humanidade. Mas a minha boca sangrava a ponto de encharcar meu lençol e travesseiro.


Domingo, dia 20. Acordei com um “banho”. Minha mãe, como é muitíssimo tranqüila, ficou apavorada e ligou para meu médico, o dr. Fausto (clínico-geral e homeopata). Ele pediu para que pressionássemos o local do sangramento. Resultado: parou a hemorragia.

“É leucemia, igual à novela, a Camila”
Terça, dia 22. Começam a aparecer hematomas, inchados e muito roxos, algumas pessoas da sala brincam: “É leucemia, igual à novela, a Camila...”

Quinta, dia 24. Marquei com o dr. Fausto, mas sem medo de nada, afinal, eram só hematomas de estresse. Ele me examinava e, em uma hora, nos disse para procurar um hematologista e fazer um hemograma completo. À tarde, fui fazer o tal exame morrendo de medo da agulha. Fui para casa, minha mãe marcou um horário com o dr. Marcos Paula e ficamos em casa, um pouco tensos, mas no fundo calmos. Bem no fundo.

Sexta, dia 24. Fomos à clinica do dr. Marcos. Lá, eu brinquei com a minha mãe por causa de uma tabela de preços que havia na entrada, preços de biópsias, aspirado de medula entre outros. Entramos no consultório eu, minha mãe e minha tia (sempre perto para me dar força e confiança).

Ele olhou os hematomas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário