O sangue é responsável pelo transporte de substâncias vitais para todos os órgãos do corpo. O mais importante é o oxigênio, carregado pela hemoglobina.O sangue é composto de plasma, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
A função das plaquetas
As plaquetas são componentes do sangue fabricados pela medula óssea responsáveis pela coagulação, ou seja, têm como principal função coibir os sangramentos. O paciente que não produz plaquetas devido a uma doença da medula óssea, ou ao uso de medicações que inibam sua produção, ou desenvolvam alguma doença em que o funcionamento das plaquetas é precário
corre risco de hemorragia, que pode levar à morte se não for feita uma transfusão plaquetária.
A plaquetopenia é o resultado de uma produção ineficaz de plaquetas, que pode ser conseqüência do tratamento quimioterápico ou do transplante de medula óssea. Por não possuírem plaquetas, esses pacientes podem apresentar sérios sangramentos e, por isso, precisam receber transfusões freqüentes de plaquetas até que o organismo se recupere do tratamento e passe a produzir suas próprias células coagulantes.
A doação de plaquetas
Há duas formas de coleta de plaquetas: a coleta habitual e a coleta por aférese.
Na coleta habitual, é retirada uma quantidade padrão de sangue: cerca de 450ml. Após a coleta, a bolsa de sangue é encaminhada para o fracionamento, onde é separada em 4 componentes: concentrado de hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado (fatores de coagulação). As plaquetas são armazenadas a uma temperatura de 20 a 24 °C, sob agitação constante por 3 a 5 dias.
A aférese (palavra grega que significa separação) é o processo que permite separar plaquetas do sangue. Através dele o sangue retirado da veia de um braço passa por um equipamento especial que retém cuidadosamente parte das plaquetas para ser devolvido, em seguida, à veia do mesmo braço. O doador senta em uma cadeira ao lado de um aparelho de separação de sangue. Após a
introdução da agulha, seu sangue começa a passar, por meio de um tubo plástico, para a máquina, que separa seus componentes por centrifugação e coleta só as plaquetas. Durante a aférese, passam por esse circuito de 4.000 a 5.000ml de sangue, ou seja, mais da metade do total de sangue do corpo.
Cerca de 30 mil plaquetas são coletadas nesse processo. Ao mesmo tempo, o sangue que sobra, glóbulos vermelhos e plasma, retorna ao corpo do doador. O processo leva, em média, de 1 a 2 horas. O concentrado de plaquetas coletado pode ser mantido em estoque, no máximo,
por cinco dias. Embora a medula óssea do doador faça a reposição das plaquetas em 72 horas, o agendamento para a doação de plaquetas de uma mesma pessoa acontece com um intervalo de duas semanas. A doação de plaquetas por aférese é segura, não oferece risco ao doador, pois todo o material é estéril, individualizado e descartável. Os efeitos adversos são raros e,
quando ocorrem, são reportados como sensação de "friagem", tremor, hipotensão ou ansiedade.
A vantagem da aférese é que o volume coletado por esse processo é maior, beneficiando um maior número de receptores e tornando a procura por doadores menos exaustiva aos bancos de sangue.
Fonte: ABRALE
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quarta-feira, 18 de março de 2009
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